Política


Bolsonaro desiste de criar Renda Brasil: ‘Vamos continuar com o Bolsa Família e ponto final’


Publicado 15 de setembro de 2020 às 11:22     Por Redação AjuNews     Foto Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que desistiu de criar o programa Renda Brasil e que manterá o Bolsa Família até o final de seu governo. Em vídeo publicado nas redes sociais, nesta terça-feira (15), ele rechaçou a ideia de congelar salários de aposentados e pensionistas para financiar o programa assistencial e disse que só pode “dar um cartão vermelho” a quem apresentar esta proposta.

“Eu já disse há algumas semanas que jamais vou tirar dinheiro dos pobres para dar aos paupérrimos. Quem, porventura, vier me apresentar uma medida como essa, eu só posso dar um cartão vermelho para esta pessoa. É gente que não tem o mínimo de coração o mínimo de entendimento de como vivem os aposentados no Brasil”, afirmou Bolsonaro.

“Pode ser que alguém da equipe econômica tenha falado neste assunto. Mas, por parte do governo, jamais vamos congelar salários de aposentados, bem como jamais vamos fazer com que o auxílio para idosos e pobres com deficiência sejam reduzidos por qualquer coisa que seja”.

Ao final do vídeo, de forma enfática, Bolsonaro reafirmou a desistência: “Até 2022, o meu governo está proibido de falar a palavra Renda Brasil. Vamos continuar com o Bolsa Família e ponto final”.

 

 

Conforme o jornal Valor, a mensagem do presidente foi divulgada após Bolsonaro convocar Guedes para uma reunião que não estava prevista na agenda. O Planalto não confirmou o motivo e se há previsão de término da conversa. Para comparecer à audiência, o ministro adiou sua participação no “Painel Telebrasil 2020”, que estava prevista para as 9h.

Ainda de acordo com o jornal, Guedes e sua equipe têm travado uma série de divergências com Bolsonaro e outros integrantes do governo. Entre os temas que dividem o governo e estão em discussão nesta semana, está o projeto que concede perdão de dívidas tributárias a templos religiosos, em que Bolsonaro sugeriu ao Congresso a derrubada de seus próprios vetos para viabilizar o perdão.



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