Política


Bolsonaro diz que ‘a esperança é a última que morre’ sobre possível derrota de Trump nas eleições dos EUA


Publicado 05 de novembro de 2020 às 11:22     Por Eduardo Costa     Foto Alan Santos/Presidência da República

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que “a esperança é a última que morre” ao ser questionado sobre uma possível derrota de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, e ressaltou o bom relacionamento com o chefe da Casa Branca. A declaração foi dada em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília, na noite desta quarta-feira (4).

Bolsonaro foi perguntado por uma apoiadora: “o que seria de nós sem o senhor e o Trump? A gente está aqui com o coração na mão com o que está acontecendo nos Estados Unidos”. O presidente respondeu: “a esperança é a última que morre”. Depois, ele decidiu adotar a cautela sobre a apuração: “Parece que foi judicializado o negócio lá num estado ou outro. Tem que esperar um pouquinho”.

Mais cedo, na manhã da mesma quarta, o presidente brasileiro já havia criticado Joe Biden, afirmando que ele tentou interferir em assuntos internos do Brasil ao afirmar em um debate recente que a Amazônia “estava sendo destruída”. Bolsonaro ainda reafirmou que é importante manter um bom relacionamento com a maior potência econômica do mundo.

“Só complementar aqui: o candidato democrata, em duas oportunidades, falou sobre a Amazônia. É isso que estamos querendo para o Brasil? Aí, sim, uma interferência de fora para dentro”, afirmou.

“E esse bom relacionamento, coisa que não havia em governos anteriores. Tirando o [ex-presidente Michel] Temer, em governos anteriores não havia esse bom relacionamento. E tem gente incomodada com isso, acham que eu deveria ser inimigo dos Estados Unidos ou criticar o governo americano e elogiar Venezuela, Cuba e outros países que não têm nada de exemplo para nós aqui na América do Sul”, completou.

Jair Bolsonaro tem se mostrado bastante alinhado a Donald Trump desde antes de assumir a presidência, e já afirmou publicamente que torce pela sua reeleição. Porém, até a manhã desta quinta-feira (5), o democrata Joe Biden 253 delegados eleitorais, contra 214 do republicano, e está a poucos estados de atingir o mínimo de 270 para ser eleito presidente.

A judicialização a qual Bolsonaro se referiu diz respeito à campanha de Donald Trump, que promete entrar na Suprema Corte para questionar o resultado em caso de derrota. O presidente dos EUA tem afirmado que o voto por correio está manipulado, atacando os números em estados onde perdeu por diferenças pequenas, como Michigan e Wisconsin. A ideia de Trump é suspender a contagem.

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