Política
Bolsonaro diz que ‘amigos policiais’ o ajudaram a descobrir suposta armação contra ele
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, nesta sexta-feira (22), na portaria do Palácio da Alvorada, que por meio de alguns amigos policiais civis e militares no Rio de Janeiro descobriu uma suposta armação contra ele. De acordo com o presidente, tinha a possibilidade de busca e apreensão nas casas dos filhos deles e que “provas seriam plantadas” contra eles. As informações foram publicadas pelo G1, nesta sexta-feira (22).
Segundo a publicação, Bolsonaro atribuiu as supostas ameaças ao governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), a quem o presidente acusou de querer destruir a ele e à família dele. Bolsonaro ainda disse que pediu ajuda ao então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, mas o ex-ministro não o atendeu.
“Sabiam do problema do governador, que queria minha cabeça a todo custo? Que o objetivo dele é ser presidente da República, né? E para isso tinha que destruir a mim e à minha família. O tempo todo vivendo sob tensão. Possibilidade de busca e apreensão na casa de filhos meus, onde provas seriam plantadas. Levantei – graças a Deus tenho amigos policiais civis e policiais militares no Rio de Janeiro – o que estava sendo armado para cima de mim. ‘Moro, eu não quero que me blinde. Mas você tem a missão de não me deixar ser chantageado’. Nunca tive sucesso para nada”, afirmou Bolsonaro.
Após a declaração do presidente, Sergio Moro postou uma mensagem em sua rede social afirmando que não cabe ao ministro da Justiça interferir em investigações da Justiça estadual.
“Não cabe também ao Ministro da Justiça obstruir investigações da Justiça Estadual, ainda que envolvam supostos crimes dos filhos do Presidente. As únicas buscas da Justiça Estadual que conheço deram-se sobre um filho e um amigo em dezembro de 2019 e não cabia a mim impedir”, escreveu Sergio Moro.
Leia os termos de uso