Política


Bolsonaro fez campanha para 59 candidatos, mas só elegeu 9; veja lista


Publicado 16 de novembro de 2020 às 10:22     Por Fernanda Sales     Foto Marcelo Camargo / Agência Brasil

Os candidatos apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas eleições deste domingo (15) não tiveram bom desempenho nas urnas. No total, o Chefe do Executivo declarou adesão abertamente a 59 candidatos, mas dos 14 candidatos a prefeito aliados a ele, nove foram derrotados no primeiro turno, apenas dois conseguiram se eleger e outros dois levaram a disputa para o segundo turno. Bolsonaro também manteve apoio a um senador (Mato Grosso terá eleição suplementar) e a 44 vereadores por todo país. A maioria deles obteve o apoio durante o que o presidente batizou de “lives eleitorais gratuitas”.

Uma das derrotas mais significativas dos seus aliados foi a do candidato à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno (Republicanos-SP), que passou boa parte da campanha liderando a disputa, mas acabou ficando em quarto colocado. Foram para o segundo turno no Rio de Janeiro os candidatos Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (PSol). Além de Russomanno, Bolsonaro também apoiou a campanha da Delegada Patrícia (Podemos), que também ficou em quarto lugar na disputa pela prefeitura de Recife (PE).

Outro destaque nessas eleições foi a reeleição para vereador no Rio de Janeiro do seu filho Carlos Bolsonaro (Republicanos), que apesar da vitória, se elegeu com menos 34% dos votos do que na última disputa eleitoral. Em 2016, ele teve 106.657 votos, enquanto em 2020 conseguiu convencer 70.990 eleitores.

Bruno Engler (PRTB) até conseguiu subir na reta final, em Belo Horizonte, mas não conseguiu evitar a reeleição de Alexandre Kalil (PSD). No Rio, Marcelo Crivella (Republicanos) enfrentará um difícil segundo turno contra o favoritismo de Eduardo Paes (DEM).

Bolsonaro chegou a apagar neste domingo um post com apoio aos candidatos. À noite, segundo informações do Folha de São Paulo, o presidente divulgou mensagem minimizando os apoios dados e afirmou que a esquerda sofreu uma “histórica derrota”, o que indicaria, em sua visão, que a onda conservadora de 2018 chegou para ficar. “Para 2022, a certeza de que, nas urnas, consolidaremos nossa democracia com um sistema eleitoral aperfeiçoado”, afirmou.

Além desses, vários outros candidatos pelo país tentaram associar o seu nome ao do presidente, mas a maioria dos bolsonaristas acabou embolada nas últimas posições.

Rogéria Bolsonaro (Republicanos), mãe dos três filhos mais velhos do presidente, se candidatou a vereadora no Rio e teve pouco mais de 2.000 votos, uma votação baixa. Até as 23h30 o Tribunal Superior Eleitoral não informava se ela havia sido eleita ou não.

Uma das exceções dentro do fracasso dos simpáticos ao presidente era Belém, onde o Delegado Eguchi (Patriota) foi para o segundo turno contra Edmilson Rodrigues (PSOL).

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