Política


Bolsonaro questiona laudos de mortes por covid-19 e volta a defender tratamento precoce contra doença


Publicado 26 de janeiro de 2021 às 16:44     Por Fernanda Souto     Foto Tânia Rego/ Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) duvidou da veracidade de laudos que atestam as mortes de pacientes por covid-19 e voltou a defender o “tratamento precoce” contra a doença, no Brasil, em um evento realizado pelo banco suíço Credit Suisse, nesta terça-feira (26). O chefe do Executivo não apresentou provas ou informações concretas que confirmassem suas afirmações.

“Há poucos meses, nós éramos o quarto país em mortes por milhão de habitantes. Hoje somos o 26º. Alguma coisa aconteceu”, disse ele, em defesa do uso de medicamentos como a hidroxicloroquina e a ivermectina no tratamento do coronavírus. Os remédios não têm eficácia científica comprovada.

“Até que pesem muitos laudos, né, que são forçados, dados como se covid fossem, na verdade, nós sabemos que não é. Mas vamos supor que todos os laudos fossem verdadeiros. O Brasil, realmente, cada vez mais morre menos gente por milhões de habitantes”.

Ainda em defesa do tratamento precoce contra a covid-19, Bolsonaro elogiou uma publicação do Conselho Federal de Medicina, que, segundo ele, “praticamente apela para que respeitem o médico”. “O médico e paciente têm que ser respeitados. Quem decide o tratamento precoce de uma pessoa infectada, já que não temos o medicamento ainda comprovado cientificamente, o médico pode, na ponta da linha, decidir em comum acordo com o paciente o que vai receitar.”

Nesta segunda (25), o país chegou ao quinto dia com a média móvel de óbitos acima de 1 mil. No total, 217.721 pessoas morreram em decorrência da doença desde o início da pandemia.



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