Saúde


Bolsonaro usa dado não conclusivo da OMS para defender flexibilização da quarentena


Publicado 09 de junho de 2020 às 12:24     Por Roberta Cesar     Foto Carolina Antunes / PR

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu novamente, nesta terça-feira (9), a flexibilização do isolamento social. Em reunião ministerial, ele citou uma declaração não conclusiva da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a rara transmissão da covid-19 em assintomáticos para justificar uma possível retomada das atividades em meio a pandemia no país. As informações foram publicadas pelo jornal Folha de São Paulo.

“Quem sabe, após essa declaração, poderemos voltar à normalidade que tínhamos no começo deste ano,” disse Bolsonaro. De acordo com o jornal, na reunião desta terça-feira (9), Bolsonaro afirmou que essa declaração vai abreviar políticas de contenção no país, como o isolamento e o lockdown.

Nesta segunda-feira (8), a declaração feita pela chefe do programa de emergências da OMS, a epidemiologista Maria van Kerkhove, revela que a transmissão da covid-19 por pacientes assintomáticos, ou seja, sem sintomas parece ser rara.

Segundo a publicação, a descoberta teve como base um estudo de pequeno porte, mas não alterou as recomendações da OMS em manter o isolamento social. A epidemiologista ainda frisou que, é necessário saber diferenciar assintomáticos de pré-sintomáticos e afirmou que o controle do vírus pode ser mais rápido com a identificação dos casos e isolamento dos sintomáticos.

No encontro, Bolsonaro ainda voltou a defender o uso da cloroquina em pacientes com coronavírus. “Muitos países usando a cloroquina e vidas estão sendo salvas com esse comprimido, mesmo sabendo que a sua eficácia ainda não está comprovada”, disse.



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