Política


Brasil tem média de 27 políticos eleitos ou candidatos assassinados por ano


Publicado 24 de setembro de 2020 às 11:44     Por Roberta Cesar     Foto Marcelo Camargo / Agência Brasil

Nos últimos quatro anos e oito meses, o Brasil registrou pelo menos 125 assassinatos ou atentados contra políticos eleitos, candidatos e pré-candidatos. O número equivale a uma média de 27 casos por ano. No total, foram 327 casos de violência política desde 2016. O estudo foi realizado pelas organizações Terra de Direitos e Justiça Global. As informações foram publicadas pelo Uol, nesta quinta-feira (24).

De acordo com o levantamento, os casos de violência política cresceram nos últimos anos, registrando um aumento considerável após as eleições de 2018. Entre os últimos quatro anos, 2019 somou o maior número de assassinatos, com 32 casos. No entanto, até o início de setembro deste ano, o Brasil já registrou 27 assassinatos e atentados.

Os casos de violência foram mapeados a partir de notícias veiculadas na imprensa entre 1º de janeiro de 2016 a 1º de setembro de 2020. Foram constatados casos de assassinatos, ameaças, agressões, ofensas, invasões e prisão ou tentativa de detenção de agentes públicos.

Confira o total de cada caso:
Assassinatos e atentados: 125.
Ameaças: 85.
Agressões: 33.
Ofensas: 59.
Invasões: 21.
Casos de prisão ou tentativa de detenção de agentes políticos: 4.
Total de casos de violência política: 327.

Segundo o estudo, os casos de violência são maiores em relação aos políticos da esfera municipal, 92% das vítimas de atentados e assassinatos eram vereadores, prefeitos ou vice-prefeitos, eleitos ou candidatos. Já os outros 8%, eram candidatos a deputados estaduais e governadores, bem como deputados federais, estaduais e senadores eleitos.

Um dos casos mais conhecidos de assassinato no meio político é o da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL), e do seu motorista Anderson Gomes que foram mortos após disparos de arma de fogo contra o veículo em que estavam. Os autores do crime foram identificados como Ronnie Lessa e Elcio Queiroz, no entanto, ainda não se sabe quem foi o mandante do assassinato.



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