Política


Celso de Mello decreta sigilo e nega acesso de Flávio Bolsonaro a depoimento de Paulo Marinho


Publicado 26 de maio de 2020 às 09:02     Por Peu Moraes     Foto Carlos Moura/Supremo Tribunal Federal

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou “regime de sigilo geral” sobre o depoimento do empresário Paulo Marinho no inquérito que apura tentativa de interferência de Jair Bolsonaro (sem partido) na Polícia Federal (PF). A informação foi publicada pela colunista Mônica Bergamo do jornal Folha de S.Paulo, nesta terça-feira (26).

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente, tinha feito um pedido para acompanhar pessoalmente o depoimento, além de ter acesso depois à sua transcrição. Esse pleito também foi negado por Celso de Mello.

Segundo o magistrado, o inquérito policial, “em face de sua unilateralidade e consequente caráter inquisitivo, não permite que, nele, se instaure o regime de contraditório”. Por isso, segue ele, a lei “desautoriza, por completo”, o pedido feito pelo senador.

Marinho afirmou, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, que Flávio Bolsonaro recebeu, em 2018, informação privilegiada da PF sobre investigações que atingiriam o então assessor dele, Fabrício Queiroz, e a filha dele, Nathalia, que trabalhava no gabinete de deputado federal de Jair Bolsonaro em Brasília.



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