Saúde


Conselho Federal de Medicina afirma que parlamentares estão tendo comportamentos irregularidades e inaceitáveis na CPI Covid; veja vídeo


Publicado 03 de junho de 2021 às 08:28     Por Peu Moraes     Foto Reprodução

O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Ribeiro afirmou que os parlamentares participantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) em andamento no Senado Federal para investigar possíveis irregularidades dos governos Federal, Estaduais e Municipais no enfrentamento a pandemia do novo coronavírus (covid-19) estão tendo posturas inaceitáveis durante os depoimentos de profissionais de saúde, a exemplos das médicas, Mayra Pinheiro e Nise Yamaguchi.

Ribeiro também criticou o senador Otto Alencar (PSD-BA) pelo tom que usou durante as declarações da oncologista Nise Yamaguchi. “O senador Otto Alencar que também é médico deveria reanalisar a forma como fala com colegas de profissão. O que o senhor fez com a médica Nise foi inaceitável. Sua atitude poderia até ser considerada um ato de misoginia, pois se trata de uma médica mulher”, disse.

O CFM deve apresentar uma representação ao presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-RO), para que sejam tomadas providências por causa dos comportamentos do relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL) e demais membros da comissão. “Estaremos representando o presidente do Senado para que aja uma ação com objetivo de direcionar o andamento de certos comportamentos dentro da CPI”.

Ainda de acordo com Mauro, a CPI Covid que “virou” um ambiente tóxico e com o Conselho está sendo citado por muitos parlamentares fará questão de ser convocado para representar os médicos, enfermeiros, técnicos, fisioterapeutas, dentistas e demais profissionais de saúde. “Queremos dar voz os profissionais que estão na linha de frente da pandemia. Também repudiamos o comportamento do senhor Otto Alencar pelo que fez com a médica Nise Yamaguchi”, finalizou.

O depoimento de Nise Yamaguchi, à CPI Covid, foi classificado como ‘tribunal de exceção’ pelo presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido). A declaração aconteceu, nesta quarta-feira (2), por meio de suas redes sociais. “Minha solidariedade à Dra Nise, médica e cientista com extenso currículo, que participou de um verdadeiro tribunal de exceção”, escreveu o chefe do Executivo Nacional.

Bolsonaro também considerou inadmissível que profissionais de saúde sejam tratados de forma tão “covarde”. “É preciso respeitar a autoridade e a autonomia médica. Médicos devem ter liberdade para salvar vidas e isso vem sendo ameaçado por um grupo político que atua visando somente atacar o Governo enquanto nega investigar desvios de recursos para o combate à pandemia”, ressaltou.

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