O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, fez seu comunicado de despedida, na última sexta-feira (24). A decisão de sair do governo caso o presidente insistisse em interferir na Polícia Federal (PF) já estava tomada por Moro desde o último fim de semana. As informações foram publicadas pelo jornal Folha de São Paulo, neste domingo (26).

De acordo com a publicação, Moro já tinha avisado aos assessores e subordinados próximos, entre eles o até então diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, que interferir no órgão era uma linha intransponível e não aceitaria que Bolsonaro a cruzasse. No entanto, o ex-ministro esperava que isso fosse acontecer.

O último encontro entre Moro e Bolsonaro ocorreu na quinta-feira (23), no gabinete da Presidência da República. Bolsonaro comunicou que trocaria Valeixo e que definiria o substituto. Moro tentou indicar o nome do delegado da Diretoria Executiva, Disney Rosseti, cadeira número 2 na hierarquia da corporação. Mas o presidente não aceitou. Ao final da conversa Moro pediu demissão.