Política
Defesa de Moro defende depoimento presencial de Bolsonaro sobre suposta interferência na PF
A defesa do ex-ministro Sergio Moro protocolou um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) preste depoimento presencial no inquérito que investiga sua suposta interferência na Polícia Federal (PF). A informação foi divulgada pela revista Crusoé, nesta segunda-feira (5).
A Advocacia-Geral da União (AGU), que representa Bolsonaro, já se manifestou a favor do depoimento por escrito. No entanto, os advogados de Moro contestaram a sugestão.
“A prerrogativa nele [manifestação da AGU] insculpida não se estende àqueles – mesmo os membros efetivos do Poder Legislativo ou o chefe do Poder Executivo – na condição de investigados ou denunciados”, diz o documento assinado pelo advogado Rodrigo Sánchez Rios, da defesa de Moro.
O ministro e relator do caso, Celso de Mello, liberou a pauta sobre o processo em que discute como Bolsonaro vai prestar o depoimento. Agora resta ao presidente do STF, Luiz Fux, marcar a data para esta discussão.
“O entendimento do decano deste Supremo Tribunal Federal prestigia a equidade de posições entre aqueles que ostentam a condição de arguidos em procedimento investigatório, uma vez que o ora peticionário Sergio Moro fora ouvido, presencialmente, perante às autoridades da persecução penal, em longa oitiva”, diz trecho do documento, rebatendo a posição da AGU.
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