Política


Deputados federais preparam afrouxamento na Lei de Improbidade


Publicado 03 de setembro de 2020 às 10:44     Por Peu Moraes     Foto Wilson Dias / Agência Brasil

A Câmara dos Deputados pode mudar o entendimento sobre a lei de improbidade administrativa que prevê punição para gestores públicos que empregam servidores em atividades sem relação com suas funções. As informações foram publicadas pelo jornal Estadão, nesta quinta-feira (03).

Ainda conforme o jornal, a conduta que prevê punições como perda do mandato, impossibilidade de disputar eleições por até dez anos e multa. Um exemplo dessa situação está sob investigação no Rio, no caso dos “Guardiões do Crivella”, funcionários da prefeitura que atrapalham reportagens em hospitais.

A proposta, que já teve aval do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para ser votada em plenário, restringe as sanções apenas a casos em que houver comprovadamente enriquecimento ilícito ou dano aos cofres públicos. Práticas como nepotismo, tortura e “furada de fila” em serviços públicos, por exemplo, não resultariam mais em sanção por improbidade.

A medida ainda prevê limitar as situações em que um juiz pode determinar o bloqueio de bens dos acusados e encurta prazos de prescrições. O projeto é visto por políticos como forma de inibir o que chamam de “ativismo” do Ministério Público, principalmente em relação a prefeitos. Procuradores, por sua vez, veem retrocesso no combate à corrupção.



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