Política


Desde maio, sites bolsonaristas vêm apagando textos antigos, diz jornalista


Publicado 15 de julho de 2020 às 14:00     Por Peu Moraes     Foto Marcello Casal Jr / Agência Brasil

O jornalista Guilherme Felliti, da empresa de ciência de dados Novelo Data, realizou levantamento que mostra a retirada de textos do ar feitas por sites bolsonaristas desde o mês de maio. A informação foi publicada pelo site O Antagonista, nesta terça-feira (15). No fim de maio, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou as primeiras diligências da Polícia Federal nos inquéritos das fake news e dos atos democráticos.

Diversos bolsonaristas tiveram os sigilos bancários quebrados e documentos apreendidos. Em junho, alguns foram presos. Conforme o jornalista publicou no Twitter, foram pelo menos 600 textos retirados do ar pelos sites Terça Livre, Renews, Jornal da Cidade Online e Agora Paraná. São sites ligados a esquemas de fake news, alguns deles citados nos inquéritos sobre o assunto que correm no Supremo Tribunal Federal.

O primeiro tipo foi o de limpezas pontuais, de textos específicos ou de matérias ligadas a um único autor. Entre os textos apagados, um que se chamava “Câmara dos Deputados: o manicômio representativo” e outro com o título “Lulopetismo: o desastre soviético maior que Chernobil”. Ambos foram publicados pelo mesmo autor.

O segundo grupo de limpezas foi o de textos escritos por pessoas investigadas nos inquéritos do STF. Diversos sites apagaram textos de Oswaldo Eustáquio, por exemplo, que é investigado por ligação com atos antidemocráticos. O terceiro tipo de limpeza foi o da substituição dos bancos de dados dos sites – esses veículos costumam republicar conteúdos uns dos outros, quando não são alimentados inteiramente por textos de outros sites.



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