Diplomatas do Palácio do Itamaraty, em Brasília, têm atribuído ao governo do Amazonas as dificuldades para obter um avião emprestado dos Estados Unidos para ajudar no transporte de oxigênio medicinal para o estado, que atualmente passa por um colapso na saúde pública por causa do novo coronavírus.

Segundo o colunista Rubens Valente, do Uol, em conversas reservadas os diplomatas afirmaram que o governo estadual pediu apoio aéreo para transporte do produto no dia 14 de janeiro. No mesmo dia, o chanceler Ernesto Araújo conversou por telefone com o então secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, braço direito do então presidente Donald Trump. Na ocasião, Pompeo se colocou à disposição para colaborar.

No entanto, de acordo com a coluna, o Brasil ficou de encaminhar dados básicos com detalhes sobre a ajuda, como o local em que o avião pousaria, a especificação exata da carga que carregaria e para onde levaria. a colaboração teria dificuldade para ser organizada. Mas, o governo do Amazonas pediu que a carga fosse trazida de Fortaleza, sem maiores detalhes.

Ainda segundo a publicação, após esse momento Brasília teria pedido diversas vezes a representantes do governo estadual, incluindo a Defesa Civil estadual e o gabinete do governador amazonense Wilson Lima (PSC), que apresentassem respostas ao questionário. Mas, não vieram ao longo de vários dias.