A ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon acredita que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está “traindo as convicções” que o fizeram presidente ao negociar cargos no governo com o centrão para evitar um processo de impeachment.

“Foi a única forma que o presidente seguiu para se manter no cargo para não ser atingido pelo impeachment. Agora, ele realmente está traindo as convicções e ele fez com que o brasileiro acreditasse em um país diferente”, declarou a magistrada baiana, em entrevista ao “Jornal da Cidade II Edição, com José Eduardo”, veiculado na Metrópole FM, na noite desta terça-feira (19).

Calmon também negou a possibilidade de um dia integrar os quadros nomeados pelo Palácio do Planalto. “Eu não aceitaria. Fui até sondada para assumir algumas coisas, mas não aceitei. […] Não aceitaria por uma questão pessoal, não por ele. Já estou com 75 anos”.

Questionada se o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, prevaricou antes de fazer as denúncias contra Bolsonaro, Calmon diz: “Eu não sei. Entendo que ele foi até onde pôde. Quando ele sentiu que poderia ter a culpa por não ter abdicado das suas funções, ele se retirou”.