Política


Eleitores do Nordeste e de baixa renda puxam aprovação de Bolsonaro


Publicado 15 de agosto de 2020 às 09:19     Por Larissa Barros     Foto Agência Brasil

A mudança na opinião de eleitores do Nordeste e de baixa renda teria sido um dos motivos que impulsionaram a aprovação recorde de 37% do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na pesquisa do instituto Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (13).

Segundo o jornal O Globo, a avaliação do governo mudou entre os entrevistados que moram na Região Nordeste, que ganham até dois salários mínimos ou que estão desempregados.

De acordo com a publicação, desde um estudo semelhante realizado em agosto de 2019, esses estratos sociais tiveram um aumento significativo no índice de pessoas que consideram o governo bom ou ótimo, bem como diminuição expressiva na taxa de rejeição. O levantamento aponta que a alteração pode estar relacionada à concessão do auxílio emergencial durante a pandemia causada pelo novo coronavírus (covid-19).

Na região Nordeste, onde 40% da população solicitou o benefício do governo federal, houve o maior aumento relativo da aprovação do presidente. Em agosto do ano passado, os entrevistados que consideraram a administração boa ou ótima passaram de 17% , e atualmente subiu para 33%.

Segundo a reportagem, entre os mais pobres, com renda familiar de até dois salários mínimos, o processo foi semelhante. Em agosto de 2019, 22% dos entrevistados nessa situação aprovavam o governo bolsonarista. Já neste mês, eles representaram 35% daqueles que estão nessa situação. A avaliação negativa caiu de 43% em agosto passado, e agora atingiu o patamar de 31%. Com relação a amostra de desempregados, o índice positivo dobrou em um ano, de 18% para 36%, e a rejeição caiu de 48% para 34%.

Ainda segundo a publicação, apesar da pesquisa Datafolha não relacionar diretamente o novo panorama com o benefício do auxílio do emergencial, o instituto sugere que essa ligação pode ter ocorrido. Pois, dados apontaram, que dos entrevistados que tiveram pedido de ajuda financeira aprovado e pago, 42% consideram a gestão do chefe do Executivo boa ou ótima. Já aqueles que não solicitaram o benefício, 36% tem uma opinião positiva.



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