Política


Ex-capitão do Bope que virou miliciano foi instrutor de tiro de Flávio Bolsonaro


Publicado 10 de agosto de 2020 às 08:00     Por Peu Moraes     Foto Pedro França / Agência Senado

O ex-capitão do Bope, Adriano da Nóbrega, morto em fevereiro deste ano após trocar tiros com a Polícia Militar da Bahia, foi instrutor de tiro do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). A informação foi publicada pelo jornal Extra, nesta segunda-feira (10). Essa revelação foi contada por Flávio em depoimento ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ). De acordo com o parlamentar, Adriano também foi apresentado pelo seu ex-assessor Fabrício Queiroz.

“Conheci Adriano dentro do Bope, ele me dando instrução de tiro. (Conheci) Por intermédio do Queiroz, que serviu com ele no batalhão, não sei qual”, disse Flávio. “Sempre fui um parlamentar que gostei de conhecer os policiais que iam para o combate, do dia a dia da rua, para o trabalho mais arriscado”, acrescentou.

O senador foi ouvido no dia 7 de julho pelo MP-RJ no inquérito que apura a existência de “rachadinhas” em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Danielle Mendonça, ex-mulher de Adriano, e Raimunda Veras Magalhães, mãe do miliciano, foram empregadas por Flávio. Há indícios de que ambas seriam funcionárias fantasmas.

O ex-capitão foi expulso da PM em 2014, por envolvimento com a contravenção, e se juntou com outros dois ex-policiais para formar o chamado Escritório do Crime, uma espécie de consórcio de matadores.

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