Política


Ex-ministro da Educação, Carlos Decotelli pretende processar Fundação Getúlio Vargas


Publicado 12 de julho de 2020 às 15:00     Por Peu Moraes     Foto Marcello Casal Jr / Agência Brasil

O ex-ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, que ficou ministro por cinco dias, está contratando um advogado em Brasília. A informação foi publicada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, neste domingo. Decotelli pretender processar a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que publicou uma nota oficial negando ele tenha sido professor da instituição.

Em junho, Carlos Decotelli, entregou a carta de demissão ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), após informações desencontradas contidas em seu currículo profissional disponível na plataforma Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

No currículo de Decotelli constava a informação de doutorado concluído em 2009, com a tese “Gestão de Riscos na Modelagem dos Preços da Soja”, na Universidade Nacional de Rosário na Argentina. Fato negado pelo reitor da instituição de ensino Franco Bartollacci.

Na sequencia veio a suspeita de plagio na dissertação de mestrado que apresentou à Fundação Getúlio Vargas (FGV), em 2008, com trechos idênticos aos de um relatório da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do mesmo ano. O relatório, porém, não foi citado por Decotelli nem sequer consta da bibliografia, o que indicaria uma prática de plágio.

Por último a Universidade de Wuppertal, na Alemanha, negou que Decotelli tenha concluído o pós-doutorado, em 2016 como pesquisador. Esses fatos levaram o presidente Jair Bolsonaro a adiar o ato de posse e Decotelli pediu demissão.

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