Política


Ex-secretário do Esporte diz que foi demitido por resistir nomear amigo de Flávio Bolsonaro


Publicado 08 de março de 2020 às 09:46     Por Larissa Barros     Foto Valter Campanato / Agência Brasil

Ex-secretário do Esporte, o general Décio Brasil afirmou que foi exonerado por ter resistido a um pedido do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de nomear o amigo do deputado Flávio Bolsonaro (sem partido) a um cargo. A informação foi divulgada pela coluna Painel da Folha de SP, neste domingo (08).

Segundo o general, a sua exoneração foi uma surpresa, e que não esperava isso, mas acha que a sua resistência à nomeação do atual secretário do esporte, Marcelo Magalhães, foi o principal motivo. “Talvez isso tenha desagradado o presidente, porque a minha exoneração já foi junto com a nomeação dele para o meu lugar”, disse Décio Brasil.

O ex-secretário também declarou que um dos motivos de não querer o indicado é porque precisava de alguém da sua confiança para ordenar as despesas, e que embora Jair afirmasse que Magalhães era de confiança ele hesitou a nomeação.

Ainda de acordo com o general, ele aceitou a indicação do atual secretário após a chegada do ministro Onyx Lorenzoni. No entanto, ficou em uma saia-justa, pois Marcelo não queria falar com ele, e disse que não ia dar nenhuma satisfação.

“Ele me devia satisfação, porque o escritório do Rio é subordinado à secretaria. Ele falou que não ia conversar comigo, que só ia conversar com o ministro, com o presidente ou com o senador”, declarou o general.

Marcelo Magalhães substituiu o cargo de secretário do Esporte no dia 27 de fevereiro. Ele é o terceiro a chefiar a pasta.



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