Política


Fábio Henrique critica novo aumento no preço dos combustíveis: “Estamos enxugando gelo”


Publicado 17 de junho de 2022 às 17:13     Por Fernanda Souto     Foto Michel Jesus/ Câmara dos Deputados

O deputado federal Fábio Henrique (União Brasil) criticou o novo aumento no preço dos combustíveis, anunciado pela Petrobras nesta sexta-feira (17). Segundo o parlamentar, “estamos enxugando gelo”, mesmo após a aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/2022, que limita a aplicação de alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a gasolina e o diesel.

“Estamos enxugando gelo. Acabamos de votar a redução do ICMS dos combustíveis pensando que o preço da gasolina iria baixar. Vem a Petobras e anuncia novo aumento nos preços. A solução não é demitir o presidente da BR, é voltar a vender a gasolina em real. Acorda Jair Bolsonaro”, disse.

De acordo com a Petrobras, os reajustes são de 5,2% no preço da gasolina e de 14,2% no preço do diesel. Os novos valores passam a vigorar a partir deste sábado (18). A empresa informou ainda que o preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro. O último ajuste ocorreu em 11 de março, há 99 dias.

Para o diesel, o reajuste ocorre 39 dias depois do aumento anterior. O preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro. O último ajuste ocorreu no dia 10 de maio.

O preço do gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, não sofreu reajuste. Em nota para divulgar os aumentos, a Petrobras afirmou que tem buscado o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem repasse imediato para os preços internos da volatilidade das cotações internacionais e da taxa de câmbio.

Na última quarta-feira (15), a Câmara dos Deputados concluiu a votação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/2022, que limita a aplicação de alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, fixando-a no patamar máximo de 17% a 18%, abaixo dos valores atuais aplicados pelos estados. A medida tem o objetivo de reduzir o preço dos combustíveis para o consumidor, mas os aumentos da Petrobras podem anular os efeitos dessa desoneração. O texto aguarda sanção presidencial para entrar em vigor.

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