Política


Fábio Mitidieri critica fala de Isac sobre Edvaldo Nogueira: ‘Absurdo’


Publicado 02 de setembro de 2022 às 07:16     Por Dhenef Andrade     Foto Reprodução / Redes Sociais

O candidato a governador de Sergipe, o deputado federal Fábio Mitidieri (PSD), saiu em defesa do prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT), após críticas do vereador Isac (PDT) apontar que o gestor ‘fazia cortina de fumaça’ para minar campanha do candidato à sucessão de Belivaldo Chagas (PSD). A fala aconteceu durante um evento de campanha de Mitidieri, nesta quinta-feira (1º), em Aracaju. A ausência de Nogueira nos atos do colega chamaram atenção.

“Eu acho um absurdo. Edvaldo tem sido muito correto, parceiro, amigo leal. Eu tenho que agradecer Edvaldo que está empenhado na campanha, veio para todos os nossos atos. Ele tem ajudado na construção da agenda, tenho que ser muito grato a Edvaldo. Quem diz isso não quer o bem da coligação. Pode ter certeza disso. Estamos juntos desde 2008. Então não é uma crítica de um colega vereador que vai abalar essa relação antiga”, disse o candidato em entrevista à rádio Fan Fm. A última participação do prefeito em eventos de Mitidieri foi registrada na segunda-feira (28).

Antes da campanha começar de fato, críticas a uma suposta falta de empenho do prefeito à candidatura de Mitidieri pairava nos bastidores. A demora na escolha do vice, que ficou sob a responsabilidade de Nogueira, sustentou a suspeita. No fim, o líder do governo na Alese, Zezinho Sobral (PDT) foi o escolhido já que a mais cotada, Danusa Silva, primeira-dama da capital, declinou do convite.

Na quinta-feira (1º), Isac afirmou que o prefeito pressionou o presidente da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), Nitinho Vitale (PSD) para votação com urgência da matéria que tratava sobre o piso de Agentes de Endemias e Agentes Comunitários. A pressão teria feito, inclusive, Edvaldo ameaçar deixar a campanha de Fábio Mitidieri (PSD) ao governo de Sergipe.

“Dizemos que o projeto estava recheado de inconstitucionalidade e ele insistiu. Por que é que o prefeito insistiu em votar, quando todos os vereadores já tinham dito que não aprovariam, inclusive o vice-líder dele, Fábio Meireles disse na tribuna que não ia votar no projeto que ia contra a categoria. Paremos para pensar: ele vem construindo cortina de fumaça no seu apoio a Mitidieri desde que ele foi rejeitado pelo grupo de Belivaldo Chagas”, disse Isac em entrevista à rádio Fan Fm.

De acordo com o vereador, todos do grupo teriam ido contra a indicação de Edvaldo para ser o candidato ao governo do bloco e que desde então tem se colocado em situações ‘difíceis’ para campanha de Mitidieri. “Havia uma pressão de outros lados e que Edvaldo estava ameaçando sair da campanha se o projeto fosse votado. Nitinho é obrigado a colocar para votação”, disse Isac ao completar que o prefeito é covarde. O vereador teve 18 comissionados de sua indicação exonerados após a votação.

O PL
Por 18 votos a 0, os vereadores da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) derrubaram, nesta terça-feira (30), o Projeto de Lei Complementar (PLC) 11/2022 que desconfigurava o piso de agentes de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e dos Agentes de Combate às Endemias (ACE). De acordo com o proposto pela gestão de Edvaldo Nogueira (PDT), o salário base seria de R$ 1.500 acrescido de uma gratificação adicional, que não contempla toda a categoria.

A avaliação dos parlamentares é de que ACS e ACE teriam uma perda de 33% do valor aprovado no Congresso, em maio. Conforme Emenda Constitucional nº 120/2022 o valor do piso das categorias não seria inferior a dois salários mínimos, equivalente a R$ 2.424.

A justificativa do Executivo é que para bancar o novo piso o gasto anual seria de R$29 milhões, aporte que a prefeitura não teria. A tese foi defendida pelo líder da situação, Professor de Bittencourt (PDT). A forma como está sendo colocada é como se o Governo Federal estivesse repassando o dinheiro integralmente e a Prefeitura de Aracaju não está querendo pagar. Isso não é verdade. Seria mais sereno aprovar o projeto e, na próxima votação, apresentar emendas. A não aprovação imporá à Prefeitura o não pagamento da categoria. Essa Casa é independente. Levem em consideração esses aspectos que estou colocando aqui”, disse.

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