Política


Família de Marielle e entidades pedem suspensão do julgamento que federaliza investigação do caso


Publicado 19 de maio de 2020 às 17:56     Por Dhenef Andrade     Foto Mário Vasconccelos / CMRJ

O Instituto Marielle Franco e a Coalizão Negra por Direitos entraram com um pedido de suspensão do julgamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que pode tornar federal as investigações do caso do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes. A sessão está agendada para o próximo dia 27 deste mês. As informações foram publicadas na coluna Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo, nesta terça-feira (19).

Além das entidades, formada por 150 coletivos e organizações do movimento negro, a família de Marielle, representada pela Defensoria Pública do Rio de Janeiro, também é contra a federalização do caso. Para barrar a ação no STJ, foi lançada uma campanha para coleta de assinaturas.

No pedido, as instituições solicitam que o processo “não seja julgado enquanto tramita as investigações no Supremo Tribunal Federal sobre as interferências do presidente Jair Bolsonaro e seus filhos à Polícia Federal”.

Ainda no mesmo dia do crime, em 14 março de 2018, a ex-Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, já havia demonstrado interesse em federalizar as investigações, mas recuou da decisão diante da pressão do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e do cenário de intervenção federal no estado.

Em novembro de 2018, ela pediu que a Polícia Federal (PF) apurasse denúncias de que um grupo teria prestado depoimentos falsos para atrapalhar andamento das investigações. No dia em que deixo o cargo, em 17 de março de 2019, Dodge denunciou cinco pessoas por obstrução de Justiça e pediu a federalização do inquérito que apura os mandantes do assassinato.



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