Política


Flordelis atraía frequentadores de igreja para fazer sexo, revela testemunha


Publicado 03 de setembro de 2020 às 08:19     Por Redação AjuNews     Foto Reprodução / Instagram

A pastora e deputada Flordelis dos Santos (PSD) foi acusada por um antigo frequentador de sua igreja de atrair fiéis para manter relações sexuais com eles.

O homem de 48 anos, morador da favela do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio, prestou depoimento na Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) durante as investigações da morte do pastor Anderson do Carmo e fez novas revelações à polícia sobre a vida da parlamentar. As informações são do jornal Extra.

Procurada pelo jornal, Flordelis negou as acusações feitas pela testemunha de que atrairia fieis para ter relações sexuais com ela. “Que ele (testemunha) prove isso. É mentira. Isso nunca existiu”, alega.

O depoimento
De acordo com a reportagem, o homem contou aos investigadores que era “obreiro” da igreja na época em que ela funcionava no bairro do Rocha, na Zona Norte, e também frequentava a casa de Flordelis. Segundo o depoimento, depois de um tempo convivendo com a família, ele passou a perceber o que chamou de atividade incomum, “na qual pessoas que frequentavam os cultos eram atraídas para a casa” para se relacionar sexualmente com a pastora e deputada. Na época, Flordelis e o pastor Anderson já eram casados.

A publicação detalha que a testemunha citou um casal como exemplo e diz que o homem fez sexo com a deputada. “O próprio declarante acredita ter sido atraído inicialmente com esse propósito” , diz o depoimento do homem, ao qual o jornal teve acesso. Ele relata ter sido seduzido por Flordelis em duas ocasiões, mas nega que tenha mantido relações sexuais com ela.

O homem descreveu que numa ocasião, durante uma viagem para uma reunião de pastores, foi convencido por Anderson a ficar no mesmo quarto do que Flordelis. Segundo a testemunha, a pastora se “insinuou sutilmente para ele”. O homem relembra ainda outra situação, ocorrida durante um retiro espiritual, na qual Flordelis afirmou que teve uma visão de que ele amava mais sua própria mulher do que ela o amava. A partir de então, ele afirma ter começado a se afastar da família.

No fim de seu depoimento, a testemunha frisou para os policiais que a percepção que tem atualmente é de que, na realidade, Flordelis e sua família participam de uma seita, que tem aparência de congregação religiosa, mas que em nada tem relação com “aquilo escrito na Bíblia”. A testemunha afirmou ter certeza de que “as práticas dessa família são de envolver e manipular psicologicamente as pessoas mais próximas de forma sutil”.

O homem também deu detalhes da personalidade de Flordelis. Segundo ele, a pastora sempre deixava claro que era o “centro das honras da família”, que deveria ser venerada, e suas ordens, respeitadas. “Ela dizia que exigia respeito de todos, inclusive de Anderson, sendo que, caso fosse desrespeitada, bateria em quem quer que fosse”, disse o homem à polícia. A testemunha revelou ainda ter presenciado uma reunião na qual de forma muito sutil foi colocado em pauta um plano para “eliminar” um pastor que estava atrapalhando a igreja de Flordelis. O homem, no entanto, não detalha se algo chegou a ser executado.

O homem contou ainda à polícia que durante o tempo que frequentou a casa soube que, antes de começar a se relacionar com Flordelis, Anderson namorou uma de suas filhas biológicas, Simone.

Flordelis é acusada de ser mandante da morte do pastor Anderson do Carmo. Sete filhos e uma neta da deputada também são acusados de envolvimento no assassinato, entre elas a própria Simone. Todos estão presos, à exceção de Flordelis, que possui imunidade parlamentar e, por isso, só poderia ser capturada em flagrante e por crime inafiançável.



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