Política


Folhas dos servidores de Judiciário, MPU, militares e estatais são as que mais cresceram em dez anos


Publicado 10 de setembro de 2020 às 12:46     Por Eduardo Costa     Foto Arquivo/Agência Brasil

As folhas de salários que mais cresceram entre 2010 e 2019 foram as de servidores e integrantes do Judiciário e do Ministério Público da União (MPU), além de militares e empregados de empresas públicas. Segundo dados do jornal O Estado de São Paulo, o gasto com o Judiciário no funcionalismo neste tempo cresceu 94,2%, o equivalente a $ 23,1 bilhões. Já o do MPU aumentou em 114%.

Os gastos englobam servidores ativos e inativos, juízes, procuradores e parlamentares. Alguns destes cargos ficaram de fora da reforma administrativa enviada pelo Governo Federal, assim como os militares, que tiveram aumento de despesa com pessoal de 95%. Nas empresas públicas, o aumento foi de 265%. Muito disso se deve à maior contratação de funcionários para hospitais universitários.

Entre 2010 e 2019, a União teve um gasto total de pessoal saltando de R$ 170,8 bilhões para R$ 319 bi. No caso do Executivo, nos últimos três anos, a despesa apenas com ativos ficou na faixa dos R$ 95 bi.

Tais dados da reportagem mostram que a folha cresceu mesmo após a aprovação do teto de gastos, que impede gastos acima da inflação. O Judiciário, o Ministério Público e o Legislativo tiveram um espaço extra nos primeiros anos do teto, para poderem acomodar aumentos salariais já aprovados.

Mas tal compensação acabou abrindo espaço para ampliação da folha. Só em 2019, segundo a matéria, o aumento de gastos com pessoal foi de 7,1% no Judiciário e R$ 13,6% no MPU.

O Projeto de Resolução para retomada do funcionamento das comissões foi retirado de pauta no Congresso Nacional nesta quarta-feira (9). Com isso, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da reforma administrativa ainda não tramita. Ele precisa ser votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que não foi instalada devido à pandemia da covid-19.



Os comentários não representam a opinião do portal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
Leia os termos de uso