O deputado estadual Georgeo Passos (Cidadania) afirmou ao AjuNews, nesta terça-feira (25), que o silêncio dos membros da Comissão Especial criada pela Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) para fiscalizar ações do Executivo durante a pandemia é um desrespeito ao parlamento.

“Um dos papéis do poder legislativo é fazer a parte de fiscalização, e com relação a essa Comissão específica não foi produzido nada até agora. Era para se reunir uma vez por mês e não estamos nos reunindo. Um absurdo! O parlamento é que deveria estar nesse momento fazendo o seu papel, não está fazendo o seu papel. A comissão não se reuniu, a gente fala e, os demais membros da comissão não falam nada. Ficam calados”, disse o deputado.

De acordo com o parlamentar, a criação da Comissão foi aprovada na Casa Legislativa, em março, logo após reconhecerem a calamidade pública em Sergipe. O grupo de fiscalização é formado por cinco deputados. Sendo Georgeo, o único deputado da oposição.

“Foi formada uma comissão para acompanhar a situação fiscais e de gastos na pandemia e não foi reunida uma única vez essa comissão. Eu faço parte dessa comissão. Já venho cobrando isso da mesa diretora há algum tempo. A mesa diretora fez a parte dela, que foi designar por ato os membros, e os membros simplesmente não se reúnem. E olhe que a gente cobra toda semana. Da oposição só tem eu nessa Comissão. Então você já imagina o porquê do desinteresse. Na minha avaliação é isso”, ressaltou.

Segundo Georgeo Passo, o secretário de Estado da Fazenda (Sefaz), Antônio Queiroz, disse que não há problema algum em prestar essas informações sobre a situação fiscal, orçamentária e financeira das medidas relacionadas ao combate covid-19. No entanto, é necessário que a Comissão convide o secretário.

“É um absurdo, um total desrespeito ao parlamento, na minha avaliação é um total desrespeito. E olhe que o Parlamento Sergipano custa caro ao povo sergipano. Neste ano, nós temos para o poder legislativo um orçamento de R$ 230 milhões, o que foi aprovado na lei orçamentária deste ano, e o que é para ser feito, não está sendo feito”, completou Passos.