Política


GM confirma recall em mais de 235 mil veículos dos modelos Celta e Classic no Brasil


Publicado 25 de julho de 2020 às 12:28     Por Roberta Cesar     Foto Divulgação / General Motors

A General Motors (GM) confirmou, nesta sexta-feira (24), o recall (devolução) de 235.845 veículos dos modelos Chevrolet Celta, anos 2013 a 2016, e Chevrolet Classic, anos 2013 a 2016, no Brasil. A GM foi notificada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJ-SP) dias depois da conclusão de uma investigação feita após a morte de um motorista, na Orla de Atalaia, em Aracaju, que foi causada por uma peça do airbag fabricado pela empresa japonesa Takata.

Os proprietários dos automóveis convocados devem entrar em contato imediato com uma concessionária da marca para agendar a substituição do airbag do lado do motorista. Durante a semana, o Procon de Sergipe já havia enviado para a Secretaria Nacional do Consumidor ofício com cópia do laudo e providências administrativas tomadas em Sergipe.

A diretora do Procon de Sergipe, Raquel Martins reforçou que: “É uma vitória do consumidor, que não deve estar vulnerável a um airbag que pode tirar sua vida. Há um processo administrativo aberto no MJ-SP e vamos acompanhar até o final”.

Segundo a Polícia Civil, mais de 4 milhões de veículos de diversas marcas são alvo de recall somente no Brasil por conta de airbags defeituosos dessa fabricante e já existem duas mortes confirmadas no país.

Confira o chassi e a data de fabricação dos veículos convocados:

Chevrolet Celta 91.573 veículos
Modelos 2013 a 2016
Chassis de DG124288 a GG100849
Produção de 22 de agosto de 2012 a 15 de abril de 2015 +
Chevrolet Classic 144.272
veículos Modelos 2013 a 2016
Chassis de DB186193 a GR160004
Produção de 04 de julho de 2012 a 10 de junho de 2016

De acordo com a GM, o serviço é necessário pois em caso de colisão, ocasião na qual o acionamento do sistema de airbag é esperado, constatou-se a possibilidade de falha do componente insuflador do airbag do volante do veículo. “Foi exatamente o que nossa perícia constatou no laudo pericial enviado à Delegacia de Delitos de Trânsito de Sergipe”, ressaltou o perito Luciano Homem, diretor do Instituto de Criminalística de Sergipe.

A GM ainda informou que “devido a uma possível degradação do insuflador, o componente torna-se sujeito a romper-se. Caso isso ocorra, poderá haver a dispersão de fragmentos de metal de sua carcaça, podendo causar danos materiais, lesões físicas graves, ou até mesmo fatais, ao motorista e aos ocupantes do veículo”, comunicou.

A delegada Daniela Lima, da Delegacia de Delitos de Trânsito da Polícia Civil de Sergipe, explicou que foi um desses componentes que matou um motorista em Aracaju, com uma das peças atingindo seu pescoço.

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