Política
Governo Federal gastou R$ 8,2 milhões em voos não realizados nos sete primeiros meses de 2020
O Governo Federal gastou até agora, em 2020, R$ 68,6 milhões em 71.690 voos. Desse montante, que incluir passagens nacionais e internacionais para colaboradores, empregados públicos, militares e servidores, mais de R$ 8,2 milhões foram para viagens não realizadas. As informações foram publicadas nesta sexta-feira (24) pelo portal Metrópoles.
O portal mapeou as compras dos servidores com base em prestações publicadas no Painel de Viagens, de acordo com números dos órgãos que utilizam o Sistema de Concessão de Diárias e Passagens (SCDP). Foi registrado um aumento em relação a 2019, quando nos mesmos sete primeiros meses do ano, foram 4.896 voos para um gasto de R$ 4,6 milhões do Governo.
No total, são 10.084 bilhetes não utilizados. A maior parte deles aconteceu em março (sendo o pico, com 7.603 voos que não aconteceram, onerando os cofres públicos em R$ 6,2 milhões) e abril, período de início da pandemia da covid-19. O que não foi utilizado ficou à espera de remarcação ou cancelamento, e em último caso pode haver o reembolso.
Mas, se as passagens forem reagendadas, a diferença de tarifas terá que ser paga. Segundo o Metrópoles, até agora apenas 43 viagens voltaram à agenda oficial dos servidores, custando R$ 52 mil de remarcação. A maior parte de compras não realizadas e gastos veio do Ministério da Educação (4.637 bilhetes e R$ 3,5 milhões), seguido por servidores dos Ministérios da Defesa e da Economia. Os deslocamentos cancelados chegaram a 11.406 e custaram R$ 9,9 milhões. Desses, o Ministério da Economia disse ao Metrópoles que espera o reembolso.
Em nota, o mesmo Ministério falou em redução nos gastos de passagens, transporte e diárias entre março e maio: “As restrições para viagens nacionais e internacionais, além da alocação de cerca de 50% da força de trabalho do Executivo federal em regime de trabalho remoto gerou economia 75,2%, equivalente a R$ 199,6 milhões, em relação ao mesmo período de 2019. A maior redução de despesa foi observada em viagens internacionais (86,0%), seguida das nacionais (72,9%)”.
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