Política


Iran Barbosa diz que patrimônio ‘tem sido tratado como mercadoria simples’ e critica venda do Polo Carmópolis da Petrobras


Publicado 28 de outubro de 2020 às 08:26     Por Eduardo Costa     Foto Jadilson Simões/Rede Alese

A venda de 11 campos de produção terrestre do Polo Carmópolis da Petrobras em Sergipe, anunciada na última sexta-feira (23), foi motivo de debate na Assembleia Legislativa (Alese) e de críticas duras do deputado estadual Iran Barbosa (PT). Durante a sessão mista desta terça-feira (27), o parlamentar afirmou que o patrimônio da sociedade “tem sido tratado como mercadoria simples”.

“O patrimônio do povo brasileiro tem sido tratado como uma mercadoria simples. Gostaria de lamentar profundamente a forma pela qual o nosso patrimônio está sendo entregue ao mercado”, afirmou.

O Polo em questão tem quase 3.000 poços e 17 estações de tratamento de óleo, além de uma estação de gás em Carmópolis (região Leste do estado) e três bases administrativas diferentes. O parlamentar destacou a tradição do campo e a grande produção do mesmo até hoje.

“O campo de Carmópolis é histórico, tem um volume estimado em reserva de 1,7 bilhão de barris de petróleo; é uma das mais antigas áreas em produção da Petrobras. O Polo Carmópolis produziu 10 mil barris de óleo por dia e 73 mil metros cúbicos por dia de gás de janeiro a setembro deste ano”, disse ele.

Por fim, Iran Barbosa ainda criticou o comunicado da Petrobras, que afirma que a produção irá atender ao mercado interno, mas também podem ser oferecidos contratos de compra de óleo pela empresa. Segundo o deputado estadual, é uma forma de entregar a produção local e desvalorizar o produto.

“Ou seja, nós produzimos, desenvolvemos a tecnologia, selecionamos os melhores quadros de trabalhadores para servirem ao povo e agora vai ser colocado à venda, apesar de continuarmos produzindo e abastecendo o mercado interno. Ainda, a estatal vai vender o Polo para depois comprar o petróleo”, encerrou.



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