O deputado federal João Daniel (PT-SE), presidente do Diretório Estadual do PT em Sergipe, classificou como “um erro” a fala de Márcio Macêdo, candidato a prefeito de Aracaju em 2020 pelo partido, sobre o uso da máquina pública estadual em favor do prefeito Edvaldo Nogueira (PDT). À rádio Rio FM nesta sexta-feira (11), ele negou o uso de qualquer máquina para o candidato reeleito.

João lembrou que houveram reuniões para discutir o processo eleitoral entre o PT, partido da vice-governadora Eliane Aquino, e o governador Belivaldo Chagas (PSD). Sobre as acusações de Márcio, ele disse: “Acho que foi um erro. Tivemos reuniões com Belivaldo sobre o processo de Aracaju, e colocamos claramente que e o PT ia ter candidato próprio. Eu não vi em lugar nenhum a utilização de qualquer máquina. Foi um pequeno deslize do nosso candidato”.

Os comentários de Márcio já haviam gerado repercussões. Durante a campanha, Eliane Aquino afirmou em uma rede social que tal suposição “me causou grande indignação”. Após a eleição, Belivaldo Chagas revelou que ficou chateado com tal situação, e disse acreditar que “ele [Márcio Macêdo] faltou com respeito à minha pessoa”.

João Daniel também negou que o PT tenha saído derrotado das eleições em 2020, após não ter eleito nenhum prefeito em capitais. Segundo ele, o partido vem sendo bastante atacado nos últimos anos, e os grupos que já estavam no poder durante a pandemia da covid-19 tiveram grande vantagem.

“O PT não teve baixas, nem foi derrotado. Em algumas cidades se criou uma expectativa de segundo turno, e passa a impressão disso. Estamos em um período onde é preciso, desde o impeachment de 2016, em que todos os dias é preciso massacrar o PT. Quem estava na gestão durante a pandemia teve muito mais força para garantir a reeleição. Os grupos de poder conseguiram se manter”, completou o deputado federal.

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