Política


Lava-Jato: Empreiteira convoca funcionários a aderirem ao acordo que colabora com investigações


Publicado 29 de janeiro de 2020 às 17:16     Por Dhenef Andrade     Foto Reprodução / CGU

A empreiteira OAS convocou 77 funcionários e ex-funcionários, que tiveram envolvimento com fatos investigados pela Operação Lava-Jato, a aderirem a um acordo de leniência, o equivalente a delação premiada. Desde novembro, a OAS,que está em recuperação judicial, aceitou colaborar como a Controladoria-Geral da União (CGU) e com a Advocacia-Geral da União (AGU) e se comprometeu a ressarcir os cofres públicos em R4 1,92 bilhão por causa dos crimes cometidos.

A colaboração inclui o uso de funcionários da empresa como testemunhas a fim de colaborarem com as investigações. As pessoas que assinarem o acordo não se tornam delatores, mas adquirem a condição de “leniente” e obtém uma proteção contra possíveis pedidos de ressarcimento aos cofres públicos, tendo em vista que a empreiteira se comprometeu a pagar pelos ilícitos cometidos por seus funcionários. Os depoimentos dos lenientes serão usados nas investigações que correm dentro da CGU para apurar responsabilidade de servidores públicos e de empresas, e não terão compartilhamento automático com o Ministério Público Federal (MPF).

Os funcionários têm até o dia 12 de fevereiro para informarem à OAS se desejam aderir ao acordo. A adesão ou não é uma decisão individual de cada um e não tem nenhuma repercussão no acordo já assinado – a vantagem é que eles ficam protegidos do ponto de vista civil.



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