Política


Linda Brasil denuncia ataques transfóbicos e tem WhatsApp hackeado; SSP vai investigar ameaças


Publicado 26 de novembro de 2020 às 17:32     Por Larissa Barros     Foto Reprodução / Instagram @lindabrasilaracaju

A primeira vereadora trans eleita em Aracaju, a educadora e ativista Linda Brasil (PSOL), denunciou ataques de cunhos racista e transfóbico que vem sofrendo desde que venceu a disputa, no dia 15 de novembro.

Segundo o Uol, Linda Brasil afirmou que os ataques são feitos tanto por meio de publicações em redes sociais quanto de mensagens de áudio compartilhadas via WhatsApp. A vereadora eleita disse também que, embora não seja a primeira vez que sofra algo do tipo, passou a temer por sua integridade física.

“Resolvi procurar a delegacia devido aos ataques que venho sofrendo desde o resultado das eleições. Não tolerarei violência transfóbica contra mim, uma vereadora democraticamente eleita, nem contra nenhuma pessoa LBGTQI+. Vamos judicializar todas as denúncias para que esses criminosos sejam criminalizados”, disse.

Por meio das redes sociais, Linda disse que o seu WhatsApp foi hackeado em mais um ato de violência transfóbica, e alertou as pessoas para qualquer tipo de mensagem que recebam dela por meio desta plataforma.

Ainda de acordo com a publicação, a titular da Delegacia de Atendimento a Crimes Homofóbicos, Racismo e Intolerância Religiosa (Dachri), delegada Meire Mansuet afirmou que o teor das ofensas direcionadas à Linda é “extremamente grotesco”. Ela afirmou também que, já instaurou um inquérito para investigar o caso e afirmou que os autores, se condenados, poderão cumprir pena de até cinco anos de prisão.

Nesta quinta-feira (26), Linda se reuniu com o secretário da Segurança Pública, João Eloy de Menezes, para tratar das ameaças que ela tem recebido e afirmou que todas as medidas que o caso exige foram determinadas.

“Não podemos viver em um país onde uma pessoa que vota e é votada, é legitimamente eleita e, por conta de sua grande vitória, simplesmente passa a ser atacada covardemente pelas redes sociais, por grupos que não aceitam tamanho feito. Determinei ao DAGV [Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis] que seja rigoroso com os envolvidos e responsáveis pelos crimes”, destacou João Eloy.



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