Política


Mais de 100 inquéritos de crimes contra crianças e adolescentes foram instaurados em Aracaju neste ano


Publicado 18 de maio de 2021 às 13:10     Por Larissa Barros     Foto Divulgação / Secretaria de Segurança Pública

Mais de 100 inquéritos de investigações de crimes contra crianças e adolescentes foram instaurados em Aracaju, no primeiro quadrimestre deste ano, de acordo com dados da Delegacia Especial de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítima (Deacav), do Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV).

Ao todo, foram instaurados 107 inquéritos policiais. No mesmo período do ano passado, foram instaurados 271. Segundo o levantamento feito pela Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal (CEACrim), os cinco crimes mais registrados contra crianças e adolescentes são estupro de vulnerável, maus-tratos, lesão corporal com violência doméstica, abandono de incapaz e vias de fato.

Conforme os dados do levantamento, a unidade policial registrou 731 boletins de ocorrência durante o ano de 2020. Em 2019, foram 1.035 ocorrências registradas na Deacav.

No ano passado, entre os meses de janeiro a abril de 2020, foram registrados 268 boletins de ocorrências decorrentes de crimes contra crianças e adolescentes. Já no primeiro quadrimestre de 2021, esse número foi de 350 registros feitos na Delegacia Especial de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítima.

Com relação aos registros referentes às denúncias feitas pelo Disque-Denúncia (181), foram 442 denúncias recebidas em 2020. Já no mesmo período de 2021, esse número foi de 163 ligações.

O delegado Ronaldo Marinho, titular da Deacav, destaca que, embora tenha ocorrido uma queda na incidência de denúncias, o menor número de registros não indica que tenha acontecido a redução nos casos de crimes praticados contra crianças e adolescentes.

“A pandemia impactou essas denúncias. Os dados nacionais demonstram que houve um aumento no número de violência doméstica, mas isso não representou um aumento do registro de boletins de ocorrência na unidade policial. Entendemos que os registros foram reduzidos em virtude das medidas de isolamento social que dificultaram ou impediram o acesso das pessoas às delegacias para o registro dessas ocorrências”, salientou.

Por fim, a autoridade policial explica que o registro das ocorrências desses crimes tanto para a investigação, quanto para atuação na diminuição dos efeitos desses atos contra as vítimas é importante.

“O registro do boletim de ocorrência é apenas um dado a ser levantado, mas que não demonstra que houve redução da violência contra a criança e adolescente. Os dados são para que possamos identificar o problema e buscar soluções, dentro das políticas públicas, para diminuir o sofrimento e o dano causado às nossas crianças e adolescentes”, afirmou.



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