Política
Maria do Carmo alerta para uma ‘leitura cuidadosa’ dos dados do Ideb em Sergipe
A veterana no Senado por Sergipe, Maria do Carmo (PP), levantou questionamentos sobre os dados divulgados, nesta quarta-feira (21), do Índice de Desenvolvimento da Educação (Ideb), em especial, voltados para o estado. De acordo com a parlamentar, mesmo com aumento do indicador habilidades dos estudantes em relação as disciplinas de português e matemática caíram.
“O que os dados desse importante indicador nos mostrou é a comprovação do que já supúnhamos: a pandemia afetou de forma avassaladora a formação dos nossos jovens, em especial dos mais novos. Crianças do segundo ano do ensino fundamental não sabem ler nem escrever palavras simples, como ‘mãe’ e ‘placa’. Isso nos demonstra que é crucial reforçarmos as ações de letramento após a alfabetização. A longo prazo, isso causará prejuízos severos ao desenvolvimento socioeconômico do Brasil, afetando uma geração. Não é prudente sermos passivos em relação ao problema”, afirmou a senadora.
Os dados para a avaliação do IDEB estão associados aos índices de aprovação; de reprovação; de evasão escolar na rede de ensino e avaliação em larga escala aplicada aos estudantes. A Secretaria de Educação (Seduc) de Sergipe comemorou o avanço da área em comparação com 2017, quando a nota era de 4,9 e passou para 5,2 em 2021. O estado ocupa a 22ª posição no ranking nacional da educação básica nos anos iniciais.
“Um dos motivos do crescimento do índice também pode ser explicado pela recomendação dada pelo Conselho Nacional de Educação de aprovação automática a alunos durante a pandemia, tendo em vista as dificuldades que a crise sanitária acarretou a estudantes, professores e corpo técnico das escolas. Isso certamente impactou os dados produzidos pelo Ideb, uma vez houve aprovações artificiais nas unidades de ensino que acataram a recomendação. É necessária uma leitura cuidadosa”, frisou Maria.
A crítica aos dados do Ideb também é sustentada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado de Sergipe (Sintese) que afirma que há um mascaramento da real situação da educação básica frente ao cenário causado pela pandemia.
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