O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Eduardo Bim, e a União são alvos de uma ação na Justiça Federal por omissão de informações sobre áreas embargadas por crimes ambientais.

Segundo o jornal Estadão, nesta sexta-feira (26), uma ação popular pede que autuações ambientais realizadas pelo Ibama desde outubro de 2019 sejam divulgadas. O pedido tomou por base uma denúncia feita pela reportagem, na última quinta-feira (18), de que há mais de oito meses, o governo omite essas informações.

“Trata-se de mais uma tentativa do governo Bolsonaro de enfraquecimento das politicas e mecanismos de proteção ambiental. Não podemos esquecer que no ano de 2019 tivemos um aumento significativo dos desmatamentos e de queimadas ilegais, inclusive realizadas na região amazônica”, diz parte do documento.

Por lei, as informações devem ser divulgadas com total transparência pelo governo. Os dados são levados em consideração para concessões de crédito financeiro e comercialização de produtos agrícolas.

Ainda segundo o jornal, o desaparecimento da área embargada ocorreu depois que Salles determinar alterações no Sistema integrado de registro, coleta e inspeção (Sicafi). Sobre o tema, o Ibama afirma que se trata de um problema de integração com outros sistemas, mesmo argumento que havia utilizado em outubro do ano passado, quando o Sicafi ficou fora do ar.