Política


Ministro Ramos tentou convencer Moro a liberar Polícia Federal do Rio a Bolsonaro, diz revista


Publicado 26 de junho de 2020 às 08:40     Por Peu Moraes     Foto Marcello Casal Jr / Agência Brasil

As mensagens de WhatsApp do celular do ex-ministro da Segurança Pública, Sergio Moro, deixarão o ministro Luiz Eduardo Ramos exposto no processo que investiga, no Supremo Tribunal Federal (STF), a interferência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Polícia Federal. A informação foi publicada pela coluna Radar, da revista Veja, nesta sexta-feira (26).

No dia 12 de maio, ao prestar depoimento a investigadores da Polícia Federal, o general disse “que desconhece que o presidente teria ou gostaria de ser informado sobre operações da Polícia Federal no Rio de Janeiro, tema este que também não foi tratado entre o depoente e o ex-ministro Sergio Moro”.

No WhatsApp, no entanto, Ramos mandou mensagens a Moro apelando para que o então chefe da Justiça tratando justamente do tema e intercedendo a favor de Bolsonaro, quando pede a Moro que “tenha sensibilidade com as preocupações de Bolsonaro no Rio”. Pela conversa de Ramos, que trocou de celular nesta semana, tudo ficaria bem se Moro liberasse a PF do Rio a Bolsonaro.

Outro ministro enrolado nas novas mensagens é Augusto Heleno. No caso dele, o fato de ter dito no depoimento que não se lembrava de muitas coisas questionadas pelos investigadores sobre a interferência presidencial na PF livra de contradições com as mensagens do WhatsApp de Moro.



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