O ex-ministro da Justiça e juiz federal, Sergio Moro está sendo pressionado pela família a sair do Brasil para evitar envolvimento nas eleições. As informações foram publicadas pela colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo, nesta segunda-feira (5). De acordo a jornalista, a ideia é que Moro passe uma temporada dando aulas de Direito em outro país. E, assim, fique distante da política e de eventual projeto eleitoral de concorrer à Presidência da República em 2022.

Segundo a publicação, a esposa do ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (sem partido), Rosângela Moro, tem repetido a interlocutores que o marido já deu a contribuição que tinha que dar ao país e que a política partidária, com seus embates selvagens, não seria para ele. Estaria na hora de novamente cuidar da vida pessoal e profissional.

Por outro lado, Moro tem dito à políticos que o visitam que não se sente inclinado a disputar um cargo eleitoral. O ex-juiz também baixou o tom nas redes sociais em relação a Bolsonaro, e até já disse, em conversas reservadas, que não deveria ter saído do governo da forma que fez “atirando”.

A jornalista também diz que o movimento lava-jatista, do qual Moro é estrela, tem sofrido derrotas seguidas na esfera política. A indicação do desembargador kassio Marques para o Supremo Tribunal Federal (STF) é a mais recente delas, o que deixou o ex-ministro e seus seguidores cada vez mais isolados.

A segurança seria outra preocupação da família do ex-ministro, pois neste mês ele acaba de cumprir a quarentena obrigatória desde que saiu do Ministério da Justiça, perdendo também o direito a escolta da Polícia Federal.