Política
MP diz que Igreja Universal foi usada para lavar dinheiro da corrupção na prefeitura do Rio
O Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MPE-RJ) afirma ter encontrado indícios de que a Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) foi usada para lavar dinheiro da corrupção na prefeitura do Rio de Janeiro. Segundo o órgão, eles registraram “bilionárias movimentações atípicas” na instituição religiosa.
Segundo o G1, o inquérito do órgão foi aberto em março deste ano e investiga um suposto ‘QG da Propina’ na Prefeitura do Rio. O atual prefeito, Marcelo Crivella (Republicanos -RJ) é bispo licenciado da Iurd.
De acordo com a publicação, a análise que cita a entidade religiosa foi assinada em 2 de setembro deste ano, e enviado à Justiça pelo Subprocurador-Geral de Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos do MPE-RJ, Ricardo Ribeiro Martins. O documento aponta que a entidade religiosa “foi objeto de comunicação em razão da identificação de movimentações financeiras de R$ 5.902.134.822,00”, entre o dia 5 de maio de 2018 e 30 de abril de 2019.
Ainda segundo a reportagem, o MP-RJ afirmou ser “verossímil concluir” que a entidade religiosa está sendo “utilizada como instrumento para lavagem de dinheiro fruto da endêmica corrupção instalada na alta cúpula da administração municipal” do Rio de Janeiro.
Por fim, de acordo com a publicação, apesar do órgão não explicar como funcionaria a suposta lavagem de dinheiro, o sub-procurador geral afirma que fez a alegação após analisar várias provas colhidas, como “as bilionárias movimentações atípicas” da Universal, a “notória vinculação” de Marcelo Crivella com a igreja e, o “envolvimento de Mauro Macedo na trama criminosa”.
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