Política


MP pede ao TCU a indisponibilidade de bens de ex-ministro Sergio Moro por suposta sonegação de impostos


Publicado 05 de fevereiro de 2022 às 16:00     Por Redação AjuNews     Foto Wilson Dias / Agência Brasil

O subprocurador-geral Lucas Furtado, do Ministério Público (MP) ligado ao Tribunal de Contas da União (TCU), pediu a indisponibilidade do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro (Podemos), por suposta sonegação de impostos em relação aos pagamentos que ele recebeu da consultoria Alvarez & Marsal.

O pedido ocorre após Furtado solicitar, no último dia 31 de janeiro, o arquivamento da investigação aberta em relação a Moro por causa dos ganhos de R$ 3,6 milhões, pagos pela consultoria responsável pela administração judicial de empresas condenadas na Operação Lava Jato, da qual o pré-candidato à presidência foi juiz.

O subprocurador destaca suposta inconsistência dos documentos comprobatórios, já que não houve apresentação na íntegra dos dois contratos firmados com Moro; declaração de saída definitiva do Brasil; avaliação da existência de visto americano para trabalho; averiguação da tributação pelo lucro real da empresa; e suposta utilização da “pejotização” de Moro para reduzir a tributação sobre os ganhos do trabalho.

De acordo com o divulgado pelo UOL, nesta sexta-feira (4), a Alvarez & Marsal recebeu ao menos R$ 65 milhões de empresas envolvidas na Lava Jato. O quantitativo representa 78% do faturamento do segmento da empresa entre 2013 e 2021. Em nota, Moro diz ser vítima de “abuso de poder” e que está disponível para prestar esclarecimentos ao órgão.

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