Política
MPF acredita que relato de vazamento reforça suspeita de interferência de Bolsonaro na PF
O suposto vazamento de informações da Polícia Federal (PF) sobre a investigação contra o ex-deputado e então senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) expôs ainda mais o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Para procuradores e outros membros do Ministério Público Federal (MPF), o relato de Paulo Marinho ao jornal Folha de S. Paulo no sábado (16), reforça a suspeita de que Bolsonaro tentou interferir no trabalho da PF.
O ato também corrobora com o conteúdo da reunião ministerial em abril, que veio a público na última semana. A análise é de que a acusação do empresário bolsonarista mostram que o presidente tinha claros motivos para tentar intervir na Polícia Federal. O ex-ministro Sergio Moro foi demitido após se recusar a trocar a superintendência do órgão no Rio de Janeiro.
Membros do MPF avaliam que a investigação sobre o vazamento deve ser somada ao inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF), que inclui as acusações de Moro sobre a tentativa de interferência de Bolsonaro na PF.
Em trecho transcrito da reunião ministerial, o presidente admitiu que não poderia esperar que a sua família fosse prejudicada. No entanto, garante que se tratava, na verdade, da segurança pessoal dos seus familiares.
“Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro oficialmente e não consegui. Isso acabou. Eu não vou esperar f. minha família toda de sacanagem”, diz o trecho.
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