Política


MPF diz que escritório da primeira-dama do Rio de Janeiro recebeu R$ 554 mil de propina para Witzel


Publicado 28 de agosto de 2020 às 17:00     Por Fernanda Souto     Foto Reprodução/ Facebook

O Ministério Público Federal (MPF) afirmou que o escritório de advocacia da primeira-dama do Rio de Janeiro, Helena Witzel, era utilizado para receber pagamento de propina para o governador do estado, Wilson Witzel (PSC), que foi afastado do cargo por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), nesta sexta-feira (28).

O escritório recebeu R$ 554 mil entre 13 de agosto de 2019 a 19 de maio de 2020, apesar de não ter nenhum outro funcionário. Desse valor, R$ 74 mil foram repassados diretamente para o governador. Ambos estão entre os denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção na área da saúde.

Segundo a PGR, o governo do Rio de Janeiro fez um esquema de pagamento de propina para a contratação emergencial e para liberação de pagamentos a organizações sociais. Além das fraudes na área da saúde, o esquema também foi estabelecido na área da educação.

Na investigação, foram encontrados dois emails de Witzel à primeira-dama com o rascunho de contratos a serem feitos entre o escritório dela e o Hospital Jardim Amália (Hinja). Segundo a denúncia, “apesar de ser advogada e ser quem figurava como contratada, não participou diretamente da negociação do próprio contrato de prestação de serviços advocatícios”.

Nesta sexta-feira (28), Helena Witzel foi alvo de mandado de busca e apreensão no palácio das Laranjeiras, no Rio de Janeiro.

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