Política
Mulher de Witzel recebeu mais de R$ 350 mil do PSC; PF não encontra serviços prestados
Alvo da Polícia Federal, a primeira-dama do Rio de Janeiro, Helena Witzel, recebeu desde janeiro de 2019 mais de R$ 350 mil brutos do Partido Social Cristão (PSC), partido do governador Wilson Witzel, a título de salário por integrar a equipe jurídica da legenda. A informação foi publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, nesta quinta-feira (27). O dinheiro veio do fundo partidário, que é uma das fontes públicas de financiamento das siglas no Brasil.
De acordo com a prestação de contas do PSC entregue à Justiça Eleitoral, Helena conseguiu o emprego, com carteira de trabalho assinada, em janeiro de 2019, mesmo mês em que o marido assumiu o cargo de governador do Estado. Só no ano passado seus rendimentos brutos somaram R$ 207,4 mil, segundo a papelada do partido.
Ela foi indicada ao cargo por Witzel, para a mesma vaga que ele ocupou na legenda de março de 2018, quando abandonou a magistratura, até assumir a atual função pública. O salário mensal bruto de Helena foi de R$ 21,5 mil em 2019 e passou para R$ 22,4 mil em 2020.
De acordo com a coluna painel do jornal, nesta quarta, a Polícia Federal não encontrou nenhum documento físico que pudesse comprovar os supostos trabalhos que teriam sido realizados pela primeira-dama do Rio, Helena Witzel, para uma empresa investigada na Lava Jato, com quem tem um contrato de R$ 540 mil.
No dia da busca e apreensão, Helena disse em nota que “a diligência nada encontrou que pudesse comprovar alegações”. Para investigadores, o objetivo da busca era justamente mostrar que nenhum serviço havia sido prestado. Como mostrou o jornal, o contrato e uma mudança de regime de casamento do casal são considerados os pontos de ligação entre o governador Wilson Witzel e o esquema criminoso.
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