Política
‘Nada mais é do que corrupção’, afirma Alessandro Vieira sobre Orçamento Secreto durante votação da LDO
O senador e pré-candidato ao governo de Sergipe, Alessandro Vieira (PSDB), fez uso da palavra durante a sessão do Congresso que apreciava o texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2023, nesta segunda-feira (11), para denunciar o uso indevido das emendas de relator, conhecida como Orçamento Secreto, para influenciar as decisões nas Casas Legislativas.
Ele citou a eleição do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. “Essa distribuição bilionária de vantagens indevidas por critérios politiqueiros, pequenos, menores, é nada mais nada menos do que corrupção”, disse. O senador é crítico das emendas e afirmou pelas redes sociais que vai ingressar com uma representação na Procuradoria-Geral da República e ao Conselho de Ética do Senado contra os senadores Davi Alcolumbre (União-AP), Rodrigo Pacheco (PP-AL) e Marcos Do Val (Podemos-ES).
Ainda pelas redes sociais, Vieira que fatos trágicos tem tirado o foco sobre as emendas. “No Brasil a ciranda de tragédias é tão vertiginosa que a mídia já esqueceu a confissão do uso do Orçamento Secreto para “agradecer” por votos na eleição do Senado. Em qualquer país civilizado já teríamos renúncias e punições. Aqui? Só hipocrisia e repetição dos mesmos crimes”, disse.
Em razão da discordância dos partidos sobre a inversão da pauta para a votação do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023 antes dos quatro vetos que trancam os trabalhos, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, decidiu suspender a sessão do Congresso Nacional para que as lideranças tentem chegar a um acordo.
Durante a sessão, o relator da LDO 2023, senador Marcos do Val (Podemos-ES), concordou em retirar do texto o artigo sobre a execução impositiva das emendas de relator (RP9), uma das reivindicações do deputado Afonso Florence (PT-BA) ao falar pela liderança da Minoria.
Entretanto, outros partidos, como o União Brasil, são contra o fim da execução impositiva das emendas de relator, que chegam a cerca de R$ 19 bilhões no próximo ano. A sessão será retomada nesta terça-feira (12).
*com informações da Agência Câmara
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