O governador de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD), afirmou que não é verdade as alegações do Movimento Polícia Unida de que o governo estadual não dialogou sobre as pautas cobradas pela categoria. De acordo com o gestor, os profissionais da segurança pública apenas quiseram discutir sobre o adicional da periculosidade, e não abrangeu os diálogos para outras questões da reestruturação dos policiais. As declarações foram feitas ao SE1, nesta quarta-feira (12).

“Acho que toda movimentação de categoria é válida, não há nenhum problema em relação a isso. Agora a precipitação não ajuda em nada, não é verdade que não há diálogo. Nós temos uma mesa aberta de negociação permanente. Sobre a reestruturação da carreira dos policiais civis, nós temos em ata, onde podemos provar que o estado provocou essa discussão, mas a Polícia Unida só quis discutir periculosidade, e nós estamos abertos e também vamos encaminhar uma proposta que vai tratar dessa reestruturação da carreira dos policiais”, disse Belivaldo.

O posicionamento do governador acontece um dia depois do Movimento Polícia Unida deflagrar uma paralisação de 12 horas por meio da ‘Operação Padrão’, nesta terça-feira (11). Com a Operação policiais, bombeiros e delegados seguiram pontos de uma cartilha instituída em que determina, durante a paralisação, não fazer publicidade da atividade policial; conduzir viaturas que tenham condições ideais de tráfego; e não realizar patrulhamento, diligência ou atendimento de ocorrência com menos de três policiais na viatura.

A principal cobrança do movimento é o pagamento do adicional de periculosidade às categorias militares que o governo Belivaldo Chagas (PSD) se recusa a pagar. A queixa é que falta diálogo da gestão em discutir as demandas militares.

Reajuste dos servidores públicos
Na entrevista, Belivaldo também falou sobre o reajuste dos servidores públicos. Segundo ele, o governo está concluindo uma proposta que será encaminhada à Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), para ser analisada quando a Casa retomar seus trabalhos. “Optamos por não apresentar no final do ano passado e na primeira semana de janeiro, porque a gente precisava estudar um pouco mais para melhorar essa proposta de aumento. Mas posso garantir que tão logo a assembleia retorne, no máximo em oito dias, a gente vai estar encaminhando uma proposta de reajuste para os servidores públicos”, disse.

Covid-19
O governador ainda falou sobre a situação preocupante da rede pública de saúde devido ao aumento de casos da covid-19 e de síndrome gripal. “A nossa preocupação é a mesma: pedir à população que continue usando a máscara, utilizando álcool em gel. É fato que esse aumento de casos, é fruto também das aglomerações do Natal e Réveillon”, frisou.

Carnaval
Sobre o Carnaval, Belivaldo alegou que as tratativas  serão definidas na reunião com o Comitê, no dia 27 de janeiro. “Vai depender do resultado dos próximos 15 dias, se o que está acontecendo agora é fruto do Natal e do Réveillon, a esperança é que a gente tenha uma diminuição, se não houver essa diminuição aí não dá para liberar carnaval para 10 mil pessoas, como a gente tem recebido proposta. E já alerto, que quem está querendo se programar para carnaval contratando grandes bandas e grandes shows fique atento, porque se não houver um controle a gente vai cancelar ou proibir”