Política
Nordeste é a região com mais apoiadores da renúncia de Bolsonaro, diz pesquisa
Com cerca de 47%, o Nordeste registrou o maior índice de apoiadores da renúncia do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) entre as regiões do país durante a pandemia do novo coronavírus (covid-19), segundo pesquisa Datafolha divulgada pelo jornal Folha de São Paulo, neste domingo (05).
O estudo tem uma margem de erro de três pontos e foi feita através do telefone do dia 1° até o dia 3 de abril, com 1.511 entrevistados.
O Sudeste é a segunda região com mais apoiadores, com 37%, em seguida vem o Centro-Oeste (30%) e Sul (28%). Ao perguntarem sobre a capacidade de liderança do presidente da República, a divisão de regiões se mantém, e Bolsonaro é visto como capaz por 62% no Sul, 60% no Norte/Centro-Oeste, 49% no Sudeste e 47% no Nordeste —onde empata com os que o acham incapaz (49%).
De acordo com o levantamento, 59% dos brasileiros entrevistados durante a pela pesquisa nacional do Datafolha são contra a renúncia do presidente Bolsonaro. Já 37% das pessoas desejam que o presidente renuncie e 4% não souberam dizer.
Os dados apontam também que apesar de 33% das pessoas ouvidas considerarem a gestão de Bolsonaro como boa ou ótima, 52% acham que ele tem condições de continuar governando o país. Já 44% afirmam que o presidente da república perdeu essas condições, e cerca de 4% não souberam responder.
Os estudantes (57%) são o grupo de ouvidos que mais acham que Jair não tem condições de governar, enquanto os empresários (65%) são os que mais acreditam na capacidade do presidente.
Ainda segundo a pesquisa, 44% dos jovens apoiam a renúncia de Bolsonaro, sendo 42% mulheres, 40% dos que têm até ensino fundamental e 39% quem tem renda acima de dez salários mínimos. Já 60% das pessoas que ganham de 5 a 10 mínimos rejeitam o gesto, sendo 65% homens, e 64% quem ganha de 2 a 5 salários.
De acordo com o levantamento, o tema renúncia passou a frequentar conversas no mundo político após Bolsonaro usar um tom negacionista e de confronto com o Ministério da Saúde e governadores na condução do combate ao coronavírus.
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