Política


Novo depoimento de diretor da PF sugere que Ramagem escondeu que troca no Rio já estava definida


Publicado 20 de maio de 2020 às 09:40     Por Peu Moraes     Foto Valter Campanato/Agência Brasil

As novas declarações do delegado diretor-executivo da Polícia Federal, Carlos Henrique Oliveira, indicam uma contradição nas versões de Alexandre Ramagem e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no inquérito que apura as acusações feitas pelo ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. A informação é da coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo, desta terça-feira (19).

O depoimento, nesta terça, sugere que Ramagem ocultou dos investigadores que a troca do comando no Rio estava definida. A mudança atendia o desejo do presidente e é considerada elemento importante da interferência na PF.

Oliveira foi promovido a diretor-executivo pelo novo diretor-geral, Rolando de Souza, como seria também com Ramagem. O diretor da Abin foi perguntado se teria planos para mudar o Rio, mas deu resposta vaga. No depoimento desta terça, o delegado foi claro em dizer que além de ter sido procurado, aceitou o convite.

A oitiva também mostrou que os investigadores já buscam suspeitos do suposto vazamento para o ex-deputado estadual e atual senador Flávio Bolsonaro (Republicanos). Perguntaram sobre policiais com relação com a família e também sobre o agente Bruno Malvacini, citado pelo delegado Alexandre Saraiva como intermediador de uma reunião com o presidente.

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