O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marques Nunes, entendeu que não houve parcialidade no julgamento do ex-juiz Sergio Moro no caso do tríplex do Guarujá, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão ocorreu nesta terça-feira (23), no retorno da sessão que analisa o caso, na 2ª Turma do STF. O julgamento começou no último dia 9, mas foi adiado após o ministro Nunes Marques pedir vista do processo.

“Muito provavelmente essas mensagens correspondam aos fatos da época, mas foram obtidas de forma ilegal, por interceptações ilícitas e não podem ser aproveitadas”, disse Nunes Marques, ao justificar o voto. O placar até o momento está em 3 a 2, com votos do ministro Edson Fachin e Cármen Lúcia e agora de Nunes contra a suspeição; Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski a favor, entendo assim que Moro agiu de forma parcial contra Lula na Lava Jato.

No entanto, após o pedido de vista, Cármen Lúcia afirmou que tem um novo voto escrito e que irá aguardar a decisão de Nunes Marques para proferi-lo, o que pode indicar uma mudança no posicionamento da ministra. Caso a Segunda turma do STF confirme a suspeição, todas as provas colhidas nos processos contra Lula que tramitaram na 13ª Vara Federal de Curitiba, onde Moro atuava, seriam anuladas. Além disso, toda e qualquer investigação contra ele teria que recomeçar do zero.

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