Política


Ocupação Mangabeiras: ‘A gestão de Edvaldo trata essas pessoas com uma humilhação muito forte’, avalia vereadora


Publicado 24 de julho de 2020 às 13:44     Por Eduardo Costa     Foto César de Oliveira/CMA

Em entrevista ao AjuNews, a vereadora Emília Corrêa (Patriota) criticou, nesta sexta-feira (24), a operação de realocação das famílias da Ocupação das Mangabeiras, no bairro 17 de Março, a Zona Sul de Aracaju. A ação está acontecendo para viabilizar o início das obras de construção de um conjunto residencial no local, nomeado de Irmã Dulce dos Pobres.

Nas redes sociais, viralizou o comentário de uma mãe em uma foto publicada pelo prefeito Edvaldo Nogueira (PDT), de uma criança com um guarda municipal. “Está aí a foto do meu filho nas redes sociais e ele sem um teto para dormir […] Aí eu vou para onde com meu filho? Minhas coisas vocês levaram para o galpão. Eu fiquei com meu filho na rua porque graças ao prefeito derrubaram o único cantinho que morava com meu filho. Que injustiça”, disse Natasha Ribeiro.

À reportagem, a parlamentar afirmou que a gestão atual da capital sergipana é apenas mais uma a negligenciar a questão. “A gestão de Edvaldo Nogueira não tem sido exceção, também trata esse direito e essas pessoas com uma humilhação muito forte. Não respeitam as pessoas, a dignidades das famílias, é lamentável. Isso já tem virado uma prática de gestões insensíveis com um direito tão sagrado. Existe uma lei, existem os critérios, existe um planejamento. Se o local é inadequado e a ocupação tem que ser desfeita, que seja tudo na Lei, respeitando e concedendo auxílios por tempo determinado até que o direito constitucional seja cumprido”, disse a vereadora.

Emília criticou também os posicionamentos do prefeito e da diretora de habitação da Assistência Social da capital, Rosária Rabelo, que classificou as críticas dizendo que “pré-candidatos a vereadores tentaram inflamar e incitar o povo”.

“Isso é bem prático da parte do prefeito, é a cara da gestão. Os políticos, no caso eu como vereadora, temos como maior atribuição a de legislar e fiscalizar. Isso não pode ser interpretado como fazer política, mas como dever, zelo. Quando eles falam assim é porque não querem ser fiscalizados, que o povo saiba da verdade, de como tratam os mais necessitados em Aracaju”.

Por fim, Emília Corrêa, que trabalhou por 30 anos como defensora pública, elogiou a Ação Civil Pública (ACP) ajuizada pela Defensoria Pública do Estado, por meio do defensor Alfredo Barros Nikolaus. “O doutor Alfredo ajuizou a Ação Civil Pública de forma muito bem adequada, em tempo, o que realmente deveria ter sido feito”, completou.



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