Política


‘Pandemia escancara situação crítica da saúde brasileira após anos de negligência’, afirma Pazuello durante CPI Covid


Publicado 21 de maio de 2021 às 19:27     Por Redação AjuNews     Foto Leopoldo Silva/Agência Senado

Durante seu depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, nesta quinta-feira (20), o ex-ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuelo, apontou que crise da saúde durante a pandemia é reflexo de anos de negligência dos governos, em clara indicação às gestões de Lula e Dilma.

“O governo Bolsonaro foi o que mais investiu em saúde e espero que isso continue após a pandemia sair dos holofotes”, defendeu o general aos ataques do relator Renan Calheiros (MDB-AL). As declarações do ex-chefe da Saúde desmontaram suposição da oposição de que o mesmo ficaria calado durante a sessão, devido a um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

“Temos uma população inteira nos assistindo, senadores, me desculpem, mas perguntas simplórias, tipo sim ou não, não serão respondidas sem contextualização da minha parte”, disse o general em clara abertura para esclarecimentos da sua gestão.

Sobre acusações dos senadores sobre consulta do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Pazuello rebateu: “Seria um absurdo o presidente da República não ouvir opiniões divergentes para poder formar sua decisão. Ouvir Osmar Terra e a Dra. Nise Yamaguchi não é crime e eles não tinham nenhum papel no ministério.”

A insitência sobre participação no aconselhamento fez o general sintetizar de forma clara. “Osmar Terra não tinha nenhuma influência oficial no Ministério da Saúde senador. O presidente nunca discutiu essa tese de imunização de rebanho comigo senador.”

Quanto aos questionamentos de que o ministério teria protelado a compra de vacinas da Pfizer, o ex-chefe da Saúde esclareceu que termos do contrato eram suspeitos e que órgãos de controle orientaram a não assinatura do termo. “A resposta do Brasil sempre foi: SIM, queremos comprar. Mas até a assinatura do contrato houve uma série de reuniões e discussões para discutir os termos do contrato”.

Desbancando a arrogância do presidente Omar Azis (PSD) e de Renan, apontou desvios de governadores quanto a verbas destinadas pelo Ministério da Saúde para combate à pandemia.
“Caso os senadores não queiram passar vergonha, sugiro começarem a investigar os desvios praticados por governadores. Na Zika e na Chikungunya, havia protocolos do Ministério da Saúde para o uso da Cloroquina em altas doses, inclusive para grávidas. Hoje temos no mundo 29 países com protocolo para uso da Cloroquina contra a Covid, incluindo China, Cuba, México e Venezuela”.



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