Política


Partido presidido por Rodrigo Valadares em Sergipe é investigado pelo STF


Publicado 22 de junho de 2021 às 15:56     Por Dhenef Andrade     Foto Reprodução / Redes Sociais

O Supremo Tribunal Federal (STF) investiga se o presidente do PTB, Roberto Jefferson, recebeu R$ 1,3 milhão do fundo partidário para disseminar notícias falsas nas redes sociais. Segundo divulgado pelo jornal O Globo, nesta terça-feira (22), os repasses acontecem desde 2017, com média de R$300 mil por ano, através do fundo partidário da sua própria sigla. Em Sergipe, o PTB é presidido pelo deputado estadual Rodrigo Valadares.

Jefferson já é investigado no inquérito das fakes news, que tem o ministro Alexandre de Moraes como relator, mas nova acusação parte de provocação do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Moraes já solicitou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a prestação de contas do PTB nos últimos cinco anos.

“A disseminação de notícias falsas na condição de presidente do PTB, ou seja, sem que se ocupe qualquer cargo eletivo ou mesmo exerça atividade empresarial, revela verdadeiro esquema de financiamento público, pois decorrente das verbas recebidas pela referida agremiação política por meio do Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos”, alegou a instituição.

No pedido enviado ao Supremo, a OAB anexou diversos exemplos em que Jefferson teria propagado fake news ou atentado contra o estado democrático. Em um deles, pediu que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) demitisse os 11 ministros da Suprema Corte.

Já em seus perfis oficiais nas redes, o presidente do PTB chegou a escrever que orava “todos os dias para que Deus quebre as mãos de Barroso, Fachin e Alexandre de Moraes”. Procurado pelo jornal, o PTB afirmou que os repasses a Roberto Jefferson se tratam de remuneração por sua dedicação exclusiva à sigla e, que por decisão do TSE, partidos não são obrigados a comprovar as atividades desempenhadas nas siglas.

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