A Polícia Civil do Estado de São Paulo indiciou o policial militar João Paulo Servato, que pisou no pescoço de uma mulher negra para imobilizá-la em São Paulo. O PM foi indiciado por abuso de autoridade, e o caso será julgado pela Justiça Militar.

O caso ocorreu no último dia 30 de maio. Na ocasião, durante uma abordagem de dois PMs a uma ocorrência de perturbação de sossego em Parelheiros, no sul de São Paulo. A mulher, dona de um bar, foi agredida por um dos policiais quando tentou defender um amigo, que estava imobilizado no chão por um militar.

De acordo com a reportagem do “Fantástico”, da TV Globo (que revelou o caso), ela afirmou que pedia ao PM para não bater mais no homem, pois ele já estava desfalecido e tinha levado joelhadas no rosto. Nesse momento, o segundo policial veio até a mulher e a empurrou para uma grade. Na sequência, a mulher aparece deitada no chão, com o policial pisando sobre seu pescoço.

O delegado Julio Jesus Encarnação, da 25ª Delegacia de Polícia, autorizou o indiciamento, e encaminhou o relatório ao Departamento de Inquéritos Policiais e Polícia Judiciária (Dipo) 3, na Barra Funda, em 23 de julho.

Após um embate entre acusação e defesa, a Justiça comum encaminhou o caso para a Justiça Militar. Ainda não foi oferecia denúncia contra os policiais militares envolvidos. Desde a revelação do caso, os dois PMs estão afastados.

O caso mostra uma grande explosão de abuso de autoridade cometidos por policiais em São Paulo. Segundo o G1, no primeiro semestre de 2020, houve um aumento de 14% em prisões de PMs, e o caso mais atribuído a eles é o homicídio, seguido por lesão corporal e concussão.

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